Como amante do cinema, sempre aguardo com ansiedade os lançamentos de cada ano. Em 2019, houve inúmeras obras de grande qualidade e nunca é fácil escolher apenas uma como favorita. No entanto, um filme em especial chamou minha atenção tanto pela narrativa quanto pela importância que traz consigo.

O meu filme favorito de 2019 é Harriet, dirigido por Kasi Lemmons e protagonizado pela atriz Cynthia Erivo. O longa-metragem conta a história real de Harriet Tubman, uma escrava afro-americana que, após fugir da plantação em que trabalhava, se tornou uma das líderes do movimento abolicionista nos Estados Unidos na década de 1800.

Além de ser uma história inspiradora e emocionante, Harriet tem a grande qualidade de trazer a discussão sobre a diversidade e a representatividade no cinema. Ao retratar a história de uma mulher importante e corajosa da comunidade negra, o filme nos faz refletir sobre a importância da presença de diferentes grupos sociais e de suas histórias nas produções cinematográficas.

Durante muito tempo, a sétima arte foi dominada por protagonistas brancos e histórias que representavam apenas uma parcela da sociedade. Contudo, nos últimos anos, temos visto uma crescente urgência em mudar esse paradigma, trazendo mais diversidade e representatividade em diferentes aspectos.

Da mesma forma como Harriet mostra a importância de lutar pelos direitos humanos e pela igualdade, é essencial que o cinema também se comprometa a dar espaço e voz para as minorias, proporcionando uma visão mais ampla e enriquecedora para o público.

Além disso, a qualidade técnica e narrativa de Harriet também é digna de destaque. A direção de Kasi Lemmons constrói uma atmosfera tensa e emocional, enquadrando muito bem as cenas que recriam o período da escravidão e a luta abolicionista. Já a atuação de Cynthia Erivo é simplesmente incrível, trazendo toda a força e complexidade da personagem principal.

Em resumo, Harriet é um filme que além de entreter e emocionar, proporciona importantes reflexões sobre a diversidade e a representatividade no cinema. Espero que a obra sirva como um exemplo para novas produções que buscam construir uma sociedade mais justa e plural. E que, assim como Harriet Tubman, continuemos lutando por direitos e reconhecimento para todos.